A cicatrização da pele é um processo complexo que envolve diversas respostas biológicas na área de uma ferida.
Esse processo tem como objetivo a restauração da integridade da área que sofreu a lesão. A cicatrização de feridas engloba as seguintes etapas: fase inflamatória, fase proliferativa, fase de formação do tecido conjuntivo, fase de contração e fase final de remodelamento. Essas fases são adaptações do organismo que podem ser influenciadas por vários fatores, entre eles a manutenção de altas taxas de açúcar no sangue (glicemia).
Pessoas com diabetes apresentam insuficiência da cicatrização devido ao desequilíbrio da resposta inflamatória. Isso aumenta o tempo da cicatrização da ferida, bem como o risco de infecções e amputações.
Algumas medidas podem estimular a cicatrização: controle dos níveis açúcar no sangue, alimentação adequada, controle dos níveis de colesterol, trocas de curativos, autoexame diário dos pés e uso de calçados adequados de acordo com as recomendações da equipe de saúde, e boa hidratação. É essencial que a pessoa com diabetes procure um profissional de saúde que possa orientá-la para prevenir as feridas complexas e avaliar a utilização do tratamento mais adequado. As opções terapêuticas variam para cada pessoa, de acordo com o tipo de ferida, a região do corpo em que estão localizadas, dentre outras.
Existem soluções inovadoras, como curativos com propriedades antimicrobiana, antiodor, regenerativa ou hidratante, que promovem a cicatrização. Além disso, existem tecnologias para uso hospitalar e domiciliar, como o sistema de pressão negativa, que utiliza a pressão controlada e localizada sobre a lesão por meio de um curativo de espuma coberto por uma película e ligado a um sistema de drenagem e a câmara hiperbárica. Isso permite ao paciente respirar oxigênio puro enquanto fica sob uma pressão de duas a três vezes superior à pressão atmosférica ao nível do mar. Ambas as tecnologias aceleram o tempo de cicatrização de feridas.
Comentários
Postar um comentário